Lá vai ela. Lá vai ela correr no parque, deixar o ar entrar para refrescar as ideias que não param de se movimentar. Lá vai ela correr com trilha sonora, deixando ir embora junto com o suor tudo o que ainda precisa sair. Olha lá, lá vai ela alongar. Ela olha para cima, céu nublado, cinza como uma das suas cores favoritas. Ela olha mais um pouco, brinca de adivinhar formas das nuvens mais escuras. Ela continua olhando. Um vento forte bate, ela fecha os olhos para sentí-lo em todos os seus cantos, sem medo, sem esconderijos. E quando ela abre o olho, algo fluorescente salta e ela sabe bem o que era: a Lua. Olha elas lá juntas de novo, elas sempre se indentificaram uma com a outra, mesmo sem palavras. Ela até chegou a pensar: como a lua apareceu se o céu estava tão nublado? Mas ah, os comos nunca importam, tem coisa que não é para ser explicada, só vivida. Além do mais, o que ela mais gosta no céu e ele ser imprevisível e misterioso. E o sorriso que já estava no rosto na hora do cinza e das nuvens se entregou e se derreteu para aquele brilho todo. Então, quando você a encontrar e quiser perguntar: "E aí, quais as novidades?" ela pode até não ter muito o que contar ainda, mas se você olhar no fundo do olho dela, vai ver a melhor boa nova que ela poderia dar: o brilho da esperança que não vai mais se ofuscar nem com tempo nublado, porque é o mesmo brilho daquela Lua que apareceu de surpresa.
"how could such a thing shine its light on me and make everything beautiful again"
"how could such a thing shine its light on me and make everything beautiful again"
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