18 de setembro de 2011

Big bag extra big

Sonhos. O big bag sempre foi feito de sonhos. Sonhos grandes, pequenos, bonitos, bobos, poéticos, engraçados. De tempos em tempos eu preciso parar e ver cada um deles, mas dessa vez eu precisei esvaziar por completo. Ir do tudo ao nada, nada mesmo. Ver. Rever. Arrumar. Ajeitar. Tirar o pó. Tirar os nós. Fazer uma nova mochila, agora ainda maior. E ver tudo passar como um filme, com trilha sonora e tudo. Uma coleção de sorrisos, de abraços, de algumas dores, sim -mas todas cicatrizadas com amor, de perdas, de conquistas, de amizades, de laços, de compromissos, de vínculos, de alegrias. E nesse passado que ficou no seu lugar como um céu estrelado, eu consigo ter força e fé para continuar, porque tudo foi bom, tudo foi necessário para chegar até aqui. Alguns sonhos se reditaram. Outros voaram como boomerangs para um dia voltarem quando for o tempo certo. Outros sempre vão ficar lá dentro, porque criaram raízes e a chuva, furação e maremoto fizeram eles ficar ainda mais fortes. Sou sonhadora de carteirinha e não seria diferente, porque Quem me fez sonhar tanto assim é capaz de mudar a minha história num piscar de olhos e é isso o que eu mais sou apaixonada por Ele. Deus é espontâneo, simples mas detalhista, fala sem precisar de palavras, ama sem cobrar, entende. E com tudo isso eu descobri que todos os meus sonhos me levam para um mesmo caminho. Todos eles me fazem ser cada vez mais eu. Todos me convidam a ser ou não ser, sem meio termo. Todos testam os meus limites. Todos me convidam a viver por fé. Invisível mas real. Todos me fazem crer que eu nasci pra dar certo. Eu nasci para renascer todos os dias junto com o sol. Eu nasci para fazer diferença. Então vou avançar e vou andar. Vou seguir. Com visão, com paixão, com amor assim como Jesus fez, com fé, com fidelidade, bondade, compaixão, paciência. Vou. Vou humilde, descalço na grama verde com amoras na mão. Vou sentindo o doce aroma da fé que as flores soltam. Vou olhando pra cima, para o céu, para a Lua, para as estrelas, para o por do sol, para nunca esquecer que não estou sozinha, sempre vai ter alguém olhando a mesma paisagem que eu. Vou comendo morango com leite condensado porque a vida é doce desse jeito. Vou com brigadeiro e bexiga na bolsa para sempre estar pronta pra fazer festa. Vou descansar nas sombras das árvores que eu encontrar. Vou cantando mas vou em silêncio quando for preciso. Vou, na alegria ou na tristeza, nos momentos difíceis e nos divertidos, vou sem desistir de ser feliz ou de acreditar ou de amar. Vou, sem rotina. Vou, unindo as pessoas por amor porque o "nós" é sempre mais poderoso. Vou porque essa guerra eu não vou vencer por violência mas sim com fé, amor e música. Vou. Vou porque não estou sozinha. É a fé em ação. Vou, porque não nasci pra ficar parada, para ser igual, para ser previsível, para ser ambiciosa por dinheiro, fama ou quantidade. Minha ambição é ser feliz e ajudar os outros a serem felizes como eu sou. Vou, vou porque nasci pra ser uma aurora boreal. Vou e deixo meus passos, agora, firmes como carimbos. Vou para cumprir a missão do meu apelido que minha mãe me deu depois do milagre que eu fiz parte antes mesmo de eu nascer: ser "cartinha do amor de Deus". Vou com a certeza de que amanhã é uma nova chance para um dia ainda melhor, com um novo por do sol.

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