18 de outubro de 2011

Walking, waiting, wishing

Esperar. Uma arte no deserto, na noite escura. Um tempo. Uma descoberta. Uma definição. Agora você sabe quem é, onde está, de onde veio, mas ainda não sabe pra onde vai. Por mais que dê vontade de parar, você continua, no ritmo que for possível. Você vai. Vai sem se importar com o que falam, porque as outras vozes ficam cada vez mais longe. Vai, olhando tudo em volta, achando motivos para rir e razões para ver que não é preciso de muito para ser feliz. Você vai olhando para cima, e quanto mais escuro ficar, mais você enxerga a luz da Lua e das estrelas ficando cada vez mais intensas. Você vai, sempre colocando a mão no bolso para ver se a fé ainda está lá dentro. Pelo outro bolso vai jogando as sementes, que em alguma hora vão ter frutos, mesmo se você não estiver mais por lá. E naquela hora que parece que não dá mais, existe a esperança para quem está sem esperança, aparece uma cabana 2 seconds luxuosa cheia de pão e água dentro, que Deus providencia por milagre, sempre. E de cabana em cabana você vai tendo a certeza de que um dia deserto vai acabar, a noite vai terminar e você vai florescer.

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