O medo é o que mantém esse nosso frio na barriga, o coração batendo forte, é quando por um segundo sabemos que ainda estamos vivos. Descobri que o medo não é algo assustador, feio, ruim de se ver. Pelo contrário. Quando passa aquele momento do "terror do novo" que quase mata, o medo se transforma em um filhote de cachorro, gato, urso polar ou o animal que você preferir. O medo pode te vencer, não pelo próprio medo, mas pela sensação confortável que se tem quando se fica parado perto dele, fazendo carinho naquele pelo macio atrás da orelha. É mais fácil ficar com o medo do que sair por aí e ir para o desconhecido. O medo já é familiar, sempre esteve ali. O medo dá uma falsa segurança de que ele está te abrigando, quando na verdade, é você que está o abrigando. É você que está alimentando e criando aquele filhote fofo. E quando você finalmente tem coragem de deixá-lo sozinho em casa, ele faz aquele olho de gato do Shrek e você corre o risco de pegá-lo no colo e sentar de novo no sofá. E quando se faz isso, o jogo volta pra fase inicial e é preciso enfrentar tudo de novo, até você aprender o que se deve fazer. As fases são infinitas, mas em algum momento o medo deixa de ser filhote e fica maior que você, te leva para a caverna e lá dentro, fica mais difícil de sair. Mas aí depois de algumas fases, você finalmente descobre o segredo. O medo também tem medo de ficar sozinho. Sabia? O medo pode estar mais perdido que você. Ele só precisa saber quem ele é e quem vai ensiná-lo, vai ser você.
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