11 de março de 2011

8/80

Aperto no coração. Não tenho família japonesa, mas tenho família, tenho amigos. Só de pensar que um negócio desse pode acontecer a qualquer hora, em qualquer lugar me dá um negócio. Li uma vez que funerais servem como uma autoavaliação para quem fica("por que estamos correndo?", "não damos valor certo para as pessoas", etc..etc) Acho que desastres assim também tem essa função. Aonde tudo isso está nos levando? E para ajudar ainda tem usinas nucleares no meio de tudo isso. Que raiva da pessoa que inventou armas nucleares. Por que essa mania de grandeza que o ser humano tem? Por que a gente ataca para se defender? Mas no meio de tanto desastre, existiu uma ponta de esperança bem perto de mim. Ver a felicidade meu irmão e da minha cunhada começando uma nova fase da vida juntos foi uma sensação confortável, um abraço. Hoje o dia começou com um tsunami mas vai terminar com a aliança desse casal que eu amo. E quando o que se vive é verdadeiro, sincero, real, transparente, não importa o que aconteça, nada vai mudar, só a gente que cresce. Hoje minha família ficou maior, entrou mais uma "seria" no nosso mundo. Então por esse e outros muitos motivos, não quero perder a esperança, não vou perder a fé, não abro mão da minha alegria, muito menos do amor. Porque definitivamente, para todas as perguntas, o amor é a resposta, e sempre vai ser.

Um comentário:

Bia disse...

Tia Gabi, amei o texto! Acho incrível essa maneira que você tem de juntar assuntos tão distantes ou diferentes! Parabéns pro seu irmão pelo casamento e parabéns por escrever (de novo) algo que realmente me fez parar pra pensar