17 de junho de 2009

Sometimes in the end of the rainbow, it’s just cornflakes.

Querer abraçar o mundo. Conhecer tudo. Aproveitar intensamente. Desejos que foram se reescrevendo com o tempo, a cada geração. “Desassossego que nos mantém vivos”, mas ao mesmo, é angustiante. Essa constante insatisfação de querer sempre mais, querer o que ainda não existe, de conhecer o que ainda é desconhecido. Essa cócega interna e eterna, se choca com o medo de ser acomodado ou cego e não aproveitar o que está na nossa frente. O quão irônico é isso? Existe uma fórmula que equalize a vontade de ir e fazer histórias com a vontade de ficar e não perder o que já existe? Existe um jeito de sonharmos alto e ao mesmo tempo ver que o agora já é o suficiente e que o depois acontece o que tiver que acontecer? Existe um jeito de aprendermos isso ou será que, mesmo depois de tantos anos batendo a cabeça, vamos continuar sendo teimosos? Será que um dia vamos saber a diferença entre sonhar e entre insistir em querer o que ainda não é tempo de ter, ou ser o que ainda não é para sermos? Será que um dia vamos entender que muitas vezes corremos atrás do que nunca vai existir, simplesmente porque já temos o que precisamos e não demos valor? Eu ainda não sei as respostas, mas estou me esforçando para saber, mesmo.

Um comentário:

Gabi Serio dos Santos disse...

Texto da minha mãe que complementa esse meu texto:

SERÁ QUE ELE É REAL? por Gina Serio

como será esse ser vivente?
que a olhos nus é transparente.......
mas vive como a gente, que sonha brinca e até é intransigente!!
talvez sonhe colorido, talvez nem tenha tanto amigo....
será que ele é fingido?
será que ele é contente?
ou será que ele mente pra não deixar que a gente o veja
ah, se ele soubesse o quanto a verdade enobrece, e nos faz sentir mais gente, e nos traz o calor da vida que aquece o nosso coração...
não sei se ele conhece esta palavra, não sei nem se ele a procura posto que o que se vê é só loucura....
nem sabe nem ,que o mais simples, o mais belo, o mais singelo, é chegar em casa destapando as panelas sentindo o cheiro do mais simples dos manjares, e os filhos a calçar o seu chinelo...
talvez um dia ele passe de baixo de uma escada e sem que ele se dê conta, aconteça um acidente!
nada de grave mais de tudo divertido
lhe vire na cabeça ,uma tinta , de algum pintor distraído...
quem sabe, um novo colorido , quem sabe um sorriso amarelo, ou talvez, um rôxo paixão...
talvez um cinza tá aí uma boa pra fazê-lo lembrar das pedras, aquelas que ele perdeu no caminho...
incrível mas elas que faziam o fim deste poema...
corre , corre, pegue-as depressa são elas sim!!!!!!
pedras que clamam pelo seu amor.
cai tinta cai, pra colorir o transparente que se diz ser vivente e que já reflete no espelho…
agora até dor já sente.
enfim, ele virou gente!
pedras , pedras como é o teu caminho??????