19 de janeiro de 2011

Deu nó

As vezes é estranho. As vezes é estranho olhar no espelho na hora de escovar o dente e lembrar de como era quando você se olhava no espelho e se via criança. Cadê aquela criança? Para onde ela foi? Sou eu, eu juro que sou eu, não sou? O tempo passou mesmo? E agora? Vou ficar velha como todo mundo então? Não, não eu. Não é possível. Mas aí, o espelho responde. E você concorda. E a mão então? A mão é uma das partes que eu mais percebo que o tempo passa, talvez porque a vejo todos os dias, sei lá. É, e nessa ilusão de parecer que o tempo não vai passar, a gente se perde no nosso próprio tempo.
O tempo...O tempo me dá um pouco de medo, medo de não estar aproveitando o suficiente, vivendo o suficiente, sentindo o suficiente, compartilhando o suficiente, valorizando quem tem que se valorizar o suficiente. Medo de olhar pra trás e me arrepender. Se tudo é correr atrás do vento, pra que tanta pressa de perder tempo com coisas que passam e tanta falta de tempo com o que realmente vale a pena? Não tem sentido. Sentido...coisa que esse texto já não tem mais faz tempo. Tempo? Ah não...

Um comentário:

Anônimo disse...

Taí uma coisa que eu sempre me pergunto sobre e eu também morro de medo: o tempo. Excelente reflexão!!!
Já essa criança que vc viu no espelho no passado está no mesmo lugar que a adolescente (que eu imagino que vc tbém viu o relfexo): dentro de vc.
Bjs!!!