Um ponto apareceu. Fizeram festa e tudo. Ele parecia ser mais um, no meio de tantos outros. Ainda pequeno e desajeitado, saiu por aí, num pinball maluco, deixando suas pequenas marcas pelo seu pequeno grande caminho. Ele se perdia no meio dos outros, tentando ser igual mas sempre se achava por ser diferente. Ele foi crescendo, crescendo. Pegando um pouco daqui e um tanto dali. Com a mistura de tudojuntoaomesmotempo formou ele mesmo, do seu próprio jeito. Já bateu, já se machucou, já sarou, já caiu, já voou, já quase se desmanchou. Mas ele quica e volta, sempre. Leve e cheio de história pra contar, vive no tempo que só um ponto sabe calcular, infinitamente rápido. Ele não tem começo, nem fim, é só o meio, simplesmente, é. Desbotado ou em negrito, encaixa em qualquer lugar. Quem vê de longe, vê um ponto. Quem chega perto, vê um mundo. O que será dele? Ninguém sabe, pode ser exclamação, interrogação, ponto final ou simplesmente (...)
19 de fevereiro de 2010
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Um comentário:
Esse seu conto, lembrou-me o poema de Machado de Assim: A Agulha e a Linha, misturado com Carlos Drummond de Andrade, quando este questiona a existência.
Ficou uma pintura, viu?
Parabéns
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