20 de janeiro de 2010

No conjunto cotidiano de exceções

Ser você mesmo quando não se interessam em te conhecer de verdade. Acreditar mesmo quando está difícil de pensar. Ter vontade de continuar voando mesmo quando tudo parece te prender no chão. Sentir o sol e o vento mesmo quando querem te tampar o olho e te esconder em um buraco. Ficar livre na chuva mesmo com medo de se molhar. Conseguir ficar leve mesmo quando a pressão é algo quase insuportável. Permanecer no seu tempo mesmo quando o mundo pede pressa. Respirar fundo mesmo quando está faltando ar. Deixar vazar o sentimento por um furinho só para não estourar de vez. Ajudar mesmo quando se precisa de ajuda. Se achar mesmo parecendo perdido. Viver intensamente cada segundo mesmo quando dá vontade da vida passar logo. Isso é se definir no indefinido.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hummm, como sempre, minha escritora favorita colocando para fora tudo que gostamos de escutar.

Esse texto, pra mim, é VOCE! Cheio de coisas boas.

Beijos
Tassi

Francisco disse...

"Isso é se definir no indefinido."

parece um poema do Tao.
muito bonito o texto. gostei daqui.

beijo.