26 de janeiro de 2010

I want to glow in the dark

Sonhar demais, pensar demais, sentir demais, se cobrar demais. Não sei se é o botão que emperra de vez em sempre no máximo ou se é sem querer querendo. Devo ser um paraquedas aberto que resiste em cair direto no buraco negro da perda de tempo que tanto me assusta. Já que o tempo se perde sozinho, não quero ser quem tirar a tampa para ele ir embora mais rápido. Enquanto isso me espalho em milhões de pedaços para ver se consigo juntar tudo o que mais quero. Saio por aí deixando marcas em tudo para ter certeza que nada está passando em branco. Sou um tanto de Pollock com outro tanto de Monet com uma colagem de tudo junto. Ouço todas as músicas só para saber que não deixei de ouvir nenhuma nota. Prefiro que doa do que simplesmente não sentir. Sou o que sou em busca do que vou ser. Aprendo desaprendendo, desaprendo para aprender. Saber tudo não é uma meta. Entender não pode ser minha ilusão. Quanto mais sei, nada sei. Só tento saber o que sou, para ter certeza do que não quero ser.

2 comentários:

Ana Guerra disse...

"Só tento saber o que sou, para ter certeza do que ão quero ser" AMEI! Saudades dos seus textos... Beijos e FELIZ 2010! :))

e007duc disse...

Bacana!

Nada como saber esquecer-se de certas verdades, que mais alienam, do que nos esclarecem.
E manter sempre vivo o sonho, pois mantêm vivo, o ser.

Beijos
Edu