Preciso começar o meu post com uma pergunta muito importante: Por que, por que, por que água COM gás é mais comum e popular no Chile do que água SEM gás???? Por que????? Por que a água com gás tem a tampa azul e a sem gás vermelha, ou seja, totalmente ao contrário da nossa?? sofremos algumas vezes por causa disso...hahaha
Todo mundo fala que uma viagem sempre começa antes de se chegar ao destino. Concordo. No caminho para o aeroporto eu já estava em estado alpha sem acreditar que estava realmente fazendo a loucura de ir passar o final de semana no Chile para ver um festival de música, o Lollapalooza!
E o aeroporto? Amo aquele clima de portal de embarque das pessoas apenas sendo elas mesmas esperando a hora de embarcar. Uns dormindo, uns tentando entreter a família/amigos, uns querendo se mostrar, outros querendo apenas ir embora, outros no computador, outros ouvindo música (eu!) e uns só observando tudo (eu!). No aeroporto dá pra ver como é incrível como "o mundo tem tantos mundos dentro" (a Mirella disse isso esses dias e é a frase mais perfeita). E todos esses mundos diferentes me fascinam, ainda mais quando eles se encontram em um lugar tão simples e tão esperançoso como o aeroporto.
Aí, llego en Chile. A primeira música que toca no rádio do taxi é uma piada pronta: "vamos a playa oh oh oh oh oh..." hahaha...Santiago. Ciudad de los perros. Ciudad com céu azul e sem núvens. Ciudad onde cada esquina é uma surpresa. Ciudad com muitas mensagens nos muros. Ciudad que odeia o Obama. Ciudad que é o buraco do tempo porque levamos quase uma manhã toda pra entender que lá era o mesmo horário que no Brasil.
Quando chego na rua do hostel um muro lindo, colorido e cheio de estrelas grita: Gabi, seja bem-vinda!! E adivinha só? Esse muro era a vista do nosso quarto! :)
No hostel estava rolando o maior videoke da história, backstreet boys e logo depois: The Killers como aquecimento pro dia seguinte. Conheci a turma Power Rangers que me acompanharia nas risadas, piadas e aventuras que estavam por vir! No conoscooooooo!!!!! Amiguinhos sob encomenda, cada um com o seu talento especial de ser uma cia inesquecível, amiguinhos que me deram de presente de boas vindas uma sessão lual no terraço com vista pro céu estrelado: "I say hey! what´s going on?" (Segundo uma observação brilhante do Fê em espanhol essa música é assim: Yo digo, Vale! Que pasa?" hahaha)
No Lollapalooza um clima completamente de verão. Céu lindo. Coca light sendo distribuída a vontade. Americanas de biquini. Chilenos sentados na grama, na deles. Muitos brasileiros, obviamente. E surpreendetemente: MUITAS crianças. E o mais curioso é que as crianças estavam muito bem por ali, estavam se sentindo em casa, curtindo os shows, dançando, uma coisa realmente impressionante.
Outra coisa incrível que eu reparei é como a música é realmente poderosa. Ela consegue unir em uma só voz, uma só nota, pessoas completamente diferentes, de lugares diferentes e que por um momento, naquela música, tem algo em comum. É fascinante! A gente tinha que usar pro bem esse poder da música.
Todos os shows que eu vi foram sensacionais. Eram bandas de música de verdade, que tocam por paixão. Sabe apaixonados pela música? Então! Ouvi de relance o antigo James e gostei muito, preciso pesquisar mais. O meu primeiro show foi Edward Sharpe and the magnetic zeros. Que show! Nunca tinha visto 3 baterias tocando juntas. Nunca tinha visto tanta gente num palco. Que músicas. Que presença de palco. O ápice foi quando ele chamou um menininho sem camisa e com chapéu para ajudar no show. Eu sabia que ia ser bom mas mesmo assim me surpreendeu. A música "Home" é só uma amostra do que eles são capazes. Saindo de lá damos de cara com um por do sol lindo ao som da voz grave do The National! Que momento. O show deles já tinha começado há um tempo, mas o ápice pra mim foi em Abel, Mr November e Terrible Love. Músicas intensas demais. Ainda bem que eu teria mais deles logo quando eu voltasse pra SP! Depois disso fomos para o mundo surreal de Empire of the sun, parecia que estávamos dentro de um clipe em sei lá que época. Tentar definir Empire é perder tempo. Só sei que é uma experiência de vida.
E aí começou a contagem regressiva para o grande momento do festival pra mim! THE KILLERS! Minutos antes do show parecia que eu estava na subida da montanha russa só esperando a adrenalina descarregar na descida. Quando estávamos já a postos e o show poderia começar a qualquer momento aí parecia que eu estava no elevador da Disney só esperando o momento que iria cair! E realmente começou do NADA! Sem introdução nenhuma. Com que música? Spaceman. Só pra me fazer pular até a Lua e ficar lá por uma hora e meia. Não dava para não pular. Ele ainda soltou um "Estan listos para The Killers?" Eu respondi: NÃO!!!!! hahaha....Que show! Tiveram músicas que eu pulei sozinha como For reasons unknow e confessions of a king, mas ok, o pessoal compensava nas outras. Só sei que eu queria um show deles todo dia. A intensidade deles é algo inexplicável. Quem estava de fora do show falou que dava pra ouvir todo mundo cantando, sensacional. Posso riscar um sonho da minha lista.
No dia seguinte fiquei fascinada pelas músicas do Devendra, doido de pedra, mas com um show muito bom, animado e contagiante até pra mim que não conhecia. Tudo aquilo só que me deu vontade de ouvir mais. Logo depois o show "low profile" da Cat Power. Todo mundo sentado, nem parecia que estávamos em um festival com tantas pessoas. Incrível como ela não fica no centro do palco e divide a intensidade da música com a banda que é impecável. Na hora de ir embora ela nem falou nada no microfone e só agradeceu com gestos, fiquei realmente impressionada com a discrição dela, uma artista low profile que está lá pela música e não por ela.
Depois veio a nova banda The Drums, que me fez ir no túnel do tempo para algum lugar dos anos 80/90. Sensacional. O vocalista dançando é impagável, muita energia. Tenho certeza que essa banda vai crescer muito, tem muito potencial. Ápice do show foi: Let´s go surfing e Forever and ever, não sei como minha perna conseguiu aguentar pular mais um pouco depois de The Killers.
Outro poder sensacional da música é fazer esquecer a parte ruim da vida. Como os shows foram muito bons, deu até para relevar o perrengue da péssima organização do festival. Quase 4 horas, o mundo todo lá na fila perdendo os primeiros shows do festival para pegar os ingressos. Tiveram que chamar a polícia, seus cavalos e suas grades para conseguir organizar algo que deveria ter sido organizado desde o começo. E depois ainda veio o perrengue para conseguir entrar em um palco minusculo e fechado que eles colocaram várias bandas boas como: Devenda, The Drums, Cat Power e não foi todo mundo que conseguiu ver. (Mas eu e o Dani conseguimos vencer por 3x, não acreditamos até agora) Não sei de onde eles tiraram a ideia de fazer um palco pequeno e fechado em um festival. Com todo aquele controle da policia fiquei me sentindo na ditadura ou algo parecido. Não foi legal. Mas como eu disse, como os shows foram bons toda essa parte ruim ficou em segundo plano, pelo menos pra mim.
E no último dia ainda deu pra fazer uma tradição que sempre faço em cada cidade que eu visito: ir no lugar mais alto dela. Que vista! Vista de fazer o suspiro durar uma semana toda. Aí depois um almoço de verdade e mais umas risadas antes de ir embora. Preciso agradecer a cia dos power rangers, uma turma boa, turma "go with the flow" assim como eu. Sensacional. Dani, quem diria que a gente foi pro Lollapalooza MESMO.
E no voo de volta pra SP pra treinar o meu inglês, encontro um personagem de algum filme, um americano que trabalha como fishing guide, estava morando na Patagônia há 4 meses mas também mora no Alaska por um tempo e já viu a Aurora Boreal várias vezes. Nada justo de ouvir isso já que ver the northern lights é um sonho da minha lista. Como as realidades podem ser tão diferentes? Realmente, existem muitos mundos nesse mundo.
Descoberta do ano feita pelo Dani: você por acaso reparou por que se escreve a risada "jajaja" em espanhol? bom, eles falam o "j" com som de "h" certo?! então!!! hahaha
Frases da viagem:
"no conosco"
"sea lo que sea"
"this is the price i pay (...) cause i´m mr brightside"
"olha! um rato gigante!"
Todo mundo fala que uma viagem sempre começa antes de se chegar ao destino. Concordo. No caminho para o aeroporto eu já estava em estado alpha sem acreditar que estava realmente fazendo a loucura de ir passar o final de semana no Chile para ver um festival de música, o Lollapalooza!
E o aeroporto? Amo aquele clima de portal de embarque das pessoas apenas sendo elas mesmas esperando a hora de embarcar. Uns dormindo, uns tentando entreter a família/amigos, uns querendo se mostrar, outros querendo apenas ir embora, outros no computador, outros ouvindo música (eu!) e uns só observando tudo (eu!). No aeroporto dá pra ver como é incrível como "o mundo tem tantos mundos dentro" (a Mirella disse isso esses dias e é a frase mais perfeita). E todos esses mundos diferentes me fascinam, ainda mais quando eles se encontram em um lugar tão simples e tão esperançoso como o aeroporto.
Aí, llego en Chile. A primeira música que toca no rádio do taxi é uma piada pronta: "vamos a playa oh oh oh oh oh..." hahaha...Santiago. Ciudad de los perros. Ciudad com céu azul e sem núvens. Ciudad onde cada esquina é uma surpresa. Ciudad com muitas mensagens nos muros. Ciudad que odeia o Obama. Ciudad que é o buraco do tempo porque levamos quase uma manhã toda pra entender que lá era o mesmo horário que no Brasil.
Quando chego na rua do hostel um muro lindo, colorido e cheio de estrelas grita: Gabi, seja bem-vinda!! E adivinha só? Esse muro era a vista do nosso quarto! :)
No hostel estava rolando o maior videoke da história, backstreet boys e logo depois: The Killers como aquecimento pro dia seguinte. Conheci a turma Power Rangers que me acompanharia nas risadas, piadas e aventuras que estavam por vir! No conoscooooooo!!!!! Amiguinhos sob encomenda, cada um com o seu talento especial de ser uma cia inesquecível, amiguinhos que me deram de presente de boas vindas uma sessão lual no terraço com vista pro céu estrelado: "I say hey! what´s going on?" (Segundo uma observação brilhante do Fê em espanhol essa música é assim: Yo digo, Vale! Que pasa?" hahaha)
No Lollapalooza um clima completamente de verão. Céu lindo. Coca light sendo distribuída a vontade. Americanas de biquini. Chilenos sentados na grama, na deles. Muitos brasileiros, obviamente. E surpreendetemente: MUITAS crianças. E o mais curioso é que as crianças estavam muito bem por ali, estavam se sentindo em casa, curtindo os shows, dançando, uma coisa realmente impressionante.
Outra coisa incrível que eu reparei é como a música é realmente poderosa. Ela consegue unir em uma só voz, uma só nota, pessoas completamente diferentes, de lugares diferentes e que por um momento, naquela música, tem algo em comum. É fascinante! A gente tinha que usar pro bem esse poder da música.
Todos os shows que eu vi foram sensacionais. Eram bandas de música de verdade, que tocam por paixão. Sabe apaixonados pela música? Então! Ouvi de relance o antigo James e gostei muito, preciso pesquisar mais. O meu primeiro show foi Edward Sharpe and the magnetic zeros. Que show! Nunca tinha visto 3 baterias tocando juntas. Nunca tinha visto tanta gente num palco. Que músicas. Que presença de palco. O ápice foi quando ele chamou um menininho sem camisa e com chapéu para ajudar no show. Eu sabia que ia ser bom mas mesmo assim me surpreendeu. A música "Home" é só uma amostra do que eles são capazes. Saindo de lá damos de cara com um por do sol lindo ao som da voz grave do The National! Que momento. O show deles já tinha começado há um tempo, mas o ápice pra mim foi em Abel, Mr November e Terrible Love. Músicas intensas demais. Ainda bem que eu teria mais deles logo quando eu voltasse pra SP! Depois disso fomos para o mundo surreal de Empire of the sun, parecia que estávamos dentro de um clipe em sei lá que época. Tentar definir Empire é perder tempo. Só sei que é uma experiência de vida.
E aí começou a contagem regressiva para o grande momento do festival pra mim! THE KILLERS! Minutos antes do show parecia que eu estava na subida da montanha russa só esperando a adrenalina descarregar na descida. Quando estávamos já a postos e o show poderia começar a qualquer momento aí parecia que eu estava no elevador da Disney só esperando o momento que iria cair! E realmente começou do NADA! Sem introdução nenhuma. Com que música? Spaceman. Só pra me fazer pular até a Lua e ficar lá por uma hora e meia. Não dava para não pular. Ele ainda soltou um "Estan listos para The Killers?" Eu respondi: NÃO!!!!! hahaha....Que show! Tiveram músicas que eu pulei sozinha como For reasons unknow e confessions of a king, mas ok, o pessoal compensava nas outras. Só sei que eu queria um show deles todo dia. A intensidade deles é algo inexplicável. Quem estava de fora do show falou que dava pra ouvir todo mundo cantando, sensacional. Posso riscar um sonho da minha lista.
No dia seguinte fiquei fascinada pelas músicas do Devendra, doido de pedra, mas com um show muito bom, animado e contagiante até pra mim que não conhecia. Tudo aquilo só que me deu vontade de ouvir mais. Logo depois o show "low profile" da Cat Power. Todo mundo sentado, nem parecia que estávamos em um festival com tantas pessoas. Incrível como ela não fica no centro do palco e divide a intensidade da música com a banda que é impecável. Na hora de ir embora ela nem falou nada no microfone e só agradeceu com gestos, fiquei realmente impressionada com a discrição dela, uma artista low profile que está lá pela música e não por ela.
Depois veio a nova banda The Drums, que me fez ir no túnel do tempo para algum lugar dos anos 80/90. Sensacional. O vocalista dançando é impagável, muita energia. Tenho certeza que essa banda vai crescer muito, tem muito potencial. Ápice do show foi: Let´s go surfing e Forever and ever, não sei como minha perna conseguiu aguentar pular mais um pouco depois de The Killers.
Outro poder sensacional da música é fazer esquecer a parte ruim da vida. Como os shows foram muito bons, deu até para relevar o perrengue da péssima organização do festival. Quase 4 horas, o mundo todo lá na fila perdendo os primeiros shows do festival para pegar os ingressos. Tiveram que chamar a polícia, seus cavalos e suas grades para conseguir organizar algo que deveria ter sido organizado desde o começo. E depois ainda veio o perrengue para conseguir entrar em um palco minusculo e fechado que eles colocaram várias bandas boas como: Devenda, The Drums, Cat Power e não foi todo mundo que conseguiu ver. (Mas eu e o Dani conseguimos vencer por 3x, não acreditamos até agora) Não sei de onde eles tiraram a ideia de fazer um palco pequeno e fechado em um festival. Com todo aquele controle da policia fiquei me sentindo na ditadura ou algo parecido. Não foi legal. Mas como eu disse, como os shows foram bons toda essa parte ruim ficou em segundo plano, pelo menos pra mim.
E no último dia ainda deu pra fazer uma tradição que sempre faço em cada cidade que eu visito: ir no lugar mais alto dela. Que vista! Vista de fazer o suspiro durar uma semana toda. Aí depois um almoço de verdade e mais umas risadas antes de ir embora. Preciso agradecer a cia dos power rangers, uma turma boa, turma "go with the flow" assim como eu. Sensacional. Dani, quem diria que a gente foi pro Lollapalooza MESMO.
E no voo de volta pra SP pra treinar o meu inglês, encontro um personagem de algum filme, um americano que trabalha como fishing guide, estava morando na Patagônia há 4 meses mas também mora no Alaska por um tempo e já viu a Aurora Boreal várias vezes. Nada justo de ouvir isso já que ver the northern lights é um sonho da minha lista. Como as realidades podem ser tão diferentes? Realmente, existem muitos mundos nesse mundo.
Descoberta do ano feita pelo Dani: você por acaso reparou por que se escreve a risada "jajaja" em espanhol? bom, eles falam o "j" com som de "h" certo?! então!!! hahaha
Frases da viagem:
"no conosco"
"sea lo que sea"
"this is the price i pay (...) cause i´m mr brightside"
"olha! um rato gigante!"
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