30 de junho de 2005
cumplicidade
Cumplicidade é uma palavra muito linda e profunda. Mas na vida real é muito difícil de encontrar. Muitos brincam de ser amigos, muitos fingem, mas só dá pra saber realmente se existe cumplicidade quando a coisa aperta. Claro que os primeiros cúmplices são as pessoas da família, e aqueles que são amigos desde quando você praticamente estava na barriga da sua mãe, esses já tem a porção de amor e gratidão garantidos e reservados. Mas quando encontramos alguém que conseguimos nos abrir e conversar por horas e horas sobre algo que te angustia é, digamos, reconfortante. Ainda mais se você perceber que há mais afinidades do que se imaginava. Essa pessoa se torna praticamente um membro da família, um cidadão do intimo, do coração. Pois o que quer que ele diga vai ser levado em consideração e não há mais nada pra esconder. Mas é óbvio que não existem apenas esses momentos sérios. Nas horas de descontração a cumplicidade também vem à tona. Quantas besteiras são faladas, quantas loucuras compartilhadas, quantas risadas, mas quem disse que estamos preocupados??? É justamente da falta de obrigação de impressionar o outro que vem a verdadeira amizade. Aquela amizade leve, sem obrigações, sem falsidade, sem tipos ou máscaras. Aquelas pessoas que você pode ser somente você. E nada de muito complexo é necessário para que um encontro, uma simples conversa se transforme num evento inesquecível, hilário, divertido , gostoso e com um gostinho de quero mais....
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