31 de março de 2010

Live life with shuffle on

Deixar a vida no modo aleatório não é deixar de se importar, muito menos estar pouco ligando. É apenas ter a coragem de se desgrudar do poste. É jogar fora o controle remoto que já está sem pilha faz tempo (se é que um dia chegou a funcionar). É ver que por mais que você tenha ótimas ideias para o seu roteiro, o seu seriado é melhor feito no improviso. Só quando a vida está no shuffle é que se vê que não importa a ordem, nem o tempo, nem o que os outros vão achar. Sem prever, sem se preocupar, sem se cobrar. Feche os olhos, respire, acredite e espere. Quando se tem menos controle, se tem mais surpresas. A vida fica sem limites, cresce e transborda. Viver a vida no shuffle é aproveitar o agora. É dançar, é cantar, é rir. É não se preocupar com o que vem depois, porque o que tiver que vir vai ser na hora certa, do jeito certo, mesmo quando não for do jeito que você queria, vai ser melhor do que você imaginar e um dia você vai entender o porquê. Viver a vida no shuffle é ver que a gente não sabe é de nada. Aprender a viver no shuffle não é fácil, mas vale a pena. O shuffle é liberdade. Liberdade de você, para você.

!

A ordem mágica das letras:

Big Bag -------> Big Gab

(insight do meu irmão/amigo/companheiro/ impar /coruja Daniel! obrigada...)

29 de março de 2010

Just be patient and don't worry

Quando disseram que todos iriam medir o tempo do mesmo jeito, foi aberto um buraco negro. Um daqueles gigantes, que sem dó, sugou a paciência. Que ideia. A verdade verdadeira é que cada um tem o seu tempo. Rápido, devagar, lento ou apressado? Que nada. É tudo relativo. O seu tempo é diferente do meu, que é difente do dele, que é diferente do dela. Mas ninguém entende. Agora só existe essa coisa doida de olhar no relógio, no calendário, na agenda. Tudo ilusão. Uma tentativa frustrada de agarrar a unha uma coisa que nem existe. Ao invés de correr atrás do tempo, ou do vento, como preferir, seria melhor gastar o "tempo" achando a paciência de novo. Aquela, lembra? Não é mito, nem lenda. A paciência existe em algum lugar, para todos. Sem desculpa, nem exceção. A sábia paciência. Aquela que acalma, que faz respirar, que faz enxergar, que faz ouvir, que faz pensar, que faz falar na hora certa, que faz acreditar, que faz o ordinário se tornar espetacular. Ninguém disse que é fácil achar onde a paciência está. Ninguém está prometendo que quando ela aparecer, vai ficar para sempre. Mas vale tentar. Se ela gostar de você e você gostar dela, sua vida vai mudar. É, melhor do que viver impaciente, é saber conviver com o imprevisto, o imprevisível e o improvável. O que eu ouvi dizer é que eles andam junto com a paciência, são companheiros e se você deixar, vão te fazer rir, o tempo todo. E assim, com paciência, fica mais fácil de ver que o tempo pode ser do seu jeito.


25 de março de 2010

Ciao!

Acho que quando um sonho se desencontra da realidade, ele vai para algum lugar bem escondido. Não sei se por vergonha, não sei se somente para tirar férias. Ele vai. Sem se despedir, nem nada. Apenas sai correndo. Incrível. Incrível como nos segundos que você vê as costas do seu sonho ficando mais distantes, esses segundos, te fazem duvidar. Duvidar o que você sonha. Duvidar o que você é. Duvidar o que você já conquistou. Incrível. Incrível que mesmo você desconfiando que um dia isso ia acontecer, é como um soco, que você já sabia que ia levar, mas dói do mesmo jeito. Incrível a força que você tem que ter para continuar acreditando, continuar sonhando e saber que aquele era apenas um sonho. Um sonho, dos milhões que você ainda tem, um dos milhões que ainda estão por vir, um dos milhões que existem e você nem sabe. E aí, você continua viva e vivendo. Esperando esperançosa, sem parar. Você nem sabe direito o que é, nem quando vai vir, nem como vai chegar. Apenas sabe, de alguma forma, que tudo vai ficar bem, que na verdade, tudo já está bem. É só deixar o olho desembaçar. Daqui a pouco ele volta a enxergar do jeito que sempre foi e sempre será. Respira fundo que amanhã é outro dia.

16 de março de 2010

Precisa-se de um novo dicionário

As vezes palavras, são só palavras. Nem mais, nem menos. As vezes, apenas sairam. As vezes , elas tem data de vencimento mesmo. As vezes, elas só eram para preencher um lugar vazio. As vezes ,não se pode juntá-las como se fossem pedrinhas em uma caixa como garantia de alguma coisa. As vezes, elas são só nuvens, bonitas, inspiradoras, parecendo algodão doce, mas no fundo, são apenas, fumaça. Preciso entender isso...Um dia, quem sabe...

15 de março de 2010

Com ou sem etiqueta

Respira fundo. Cada inspiração é a chance do novo entrar. A segunda, terceira, quarta chance, para aquele novo, que invade, sem aviso. O novo que apenas é, sem porquês. Tão novo que até chega a paralisar por medo. Medo? Medinho, vai. Aquele medinho que é bom sentir, justamente porque não se sabe como agir. É aquela paralisia boa que você se sente tão indefeso mais ao mesmo tempo tão cheio de você. E o novo, pode ser novo novo,velho novo ou novo velho. Ah, novo, velho, tão relativo. Assim como cedo, tarde, normal ou louco. O novo é simplesmente deixar ser, tudo o que pode ser. O novo pode ser novo ontem e novo amanhã. Sim, pode. O novo pode ser novo todo dia, pode ser novo, sempre. Porque o novo é para quem sabe que tudo é nada e o nada pode ser tudo. Porque o novo vai ser tão novo quanto você deixar que ele seja.




Trilha sonora: remember me as a time of day : http://www.youtube.com/watch?v=XkclIDu9K5c

11 de março de 2010

Retardatária

Corre corre. Sem tempo. Ocupados. Pra que? Só se for para fazer a vida passar mais rápido sem perceber. Me chame de louca, de lerda, de calma, de sentimental, de oldfashion, do que for. Mas prefiro ficar fora dessa corrida maluca que, se deixar, vira nada mais que um aspirador gigante. Não quero mais apostar corrida. Não quero viver nessa esteira sem sair do lugar. Não quero esquecer. Não quero jogar ou fingir. Quero viver, quero sentir, quero andar, quero ver enxergando tudo. Quero estar perto de quem importa sem medir esforços ou ficar olhando no relógio. Quero família. Quero manter as amizades ninho, aquelas que eu sempre posso voltar quando preciso. Quero viver no meu próprio tempo, não no tempo que falam que eu preciso ter. Quero mais e quero menos, quero o que importa, só.


Trilha sonora: http://www.youtube.com/watch?v=w0o8JCxjjpM

10 de março de 2010

Heavily light!

O tempo pode ter o ritmo do vento. As vezes se sente, as vezes não. E as vezes, quando se vê, você já está voando, sem perceber. Apenas aconteceu, assim. Simples assim. E agora? É. É hora de ir. Ir de olho aberto, para não perder nenhum tudo que pode acontecer em qualquer 1 segundo. Voar é viver de improviso, sem hora, sem chão, sem plano. É levar tudo o que importa de um jeito que não pesa. É seguir o movimento, o seu movimento, aquele que só você sabe qual é. Não é por pó mágico, nem por encantamento, é só uma questão de sentir.




Trilha sonora: http://trilhapara.blogspot.com/2010/02/trilha-para-passear-com-o-cachorro-no.html

2 de março de 2010

3, 2, 1.....

Não é só ansiedade. É também a alegria de saber que o que vai vir, vai ser um daqueles momentos. Daqueles que se guarda em uma caixa bem perto, só para poder abrir toda hora que for preciso. Não é só ansiedade. É a emoção de um dia que é possível sentir com todas as partes, cada pedaçinho, com toda intensidade, aquilo que você sente toda vez que escuta aquela música. Sem se importar com quem está perto, porque está todo mundo fazendo o mesmo que você. É um momento para não se segurar para cantar alto e pular, porque você não está mais no ponto de ônibus, você está lá, com eles. Você não assiste um show, você vive um show. "Assim como você viva a vida. Viva La Vida!"



Colaboração da "punch line": Miksezaza


1 de março de 2010

Yellow, red, blue, green

Segunda-feira. Chuva. Trabalho intenso. Dia que valeu por uma semana. Cabeça saindo fumaça. Na hora de ir embora, sem chuva, ufa. Ela volta tarde para casa, de ônibus. Olha pela janela e vê o que precisava. A lua. Depois de um dia como esse, lua? Sim. Lua. Linda, gigante, brilhante, até com umas estrelas de brinde. Entrar em casa? Como se tem uma lua dessas do lado de fora? Ela fica. Puxa a cadeira da piscina e deita. Ipod ligado, sempre. Coldplay. Ela escuta o verso repetido: Look how they shine for you. Na mesma hora uma leve, leve nuvem passa pela lua. E como um efeito especial de um filme de ficção, a lua magicamente ganha um anel de arco-iris. Ela nunca tinha visto tantas cores dançando em volta da lua antes. Look how they shine for you. Cai uma lágrima, uma, duas, três. Look how they shine for you. A lua continua brilhando colorida. Look how they shine for you. A música acaba, o anel também desaparece. Mas aquele momento nunca mais vai embora. It's true, look how they shine for you.

Trilha sonora (obviamente): http://www.youtube.com/watch?v=CAME8GDRTfI&feature=fvst