Eu. Ele. Você. Ela. Nós. Eles. Cada um, um. Um, o mesmo um, a vida toda. Uma vida que as vezes parece ainda não ser suficiente para o desafio de conhecer esse um, saber até onde vai, o que esperar. Pior ainda quando esse um ainda se confunde com o outro. Há quem ignore o exercício diário de tentar enxergar essa linha divisória, que não se vê, mas se sente e as vezes, até faz doer. Dói pela invasão desnecessária e cega. Dói pelas feridas das expectativas, sementes que a gente mesmo planta, rega e faz nascer plantas até que coloridas mas ordinárias e venenosas que furam, corroem. Dói pela raiva desinformada e mimada. Dói pelo excesso e ao mesmo tempo ausência do "eu". Ah, mas o dia que se aprende a se ver o eu verdadeiro, é quando é possível ver o outro, mas ver enxergando mesmo. Enxergando o certo, o errado, o bom, o ruim, o compreensível, as razões, as possibilidades, as limitações. Daí, já não existem mais fantasmas, nem interrogações, nem miragens, é o real e a verdade fazendo tudo ficar mais nítido, simples e diria até, melhor. Nem tudo é pessoal, nem tudo é você ou com você. São várias histórias e motivos criando o outro, que é outro, diferente de você. Você é você, o outro, é o outro. Cada um com o seu algo especial, algo que quando se tem tempo e olhos para descobrir, acaba sendo a maior descoberta, cada um com sua maravilha do lado de dentro. E quando cai a ficha, ler o outro acaba se tornando um modo de vida intrigantemente fascinante. Vale tentar, faz bem pra você e para o outro, ha.
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