Vai, vai crescer....

Depois de muito tempo longe e distante, finalmente foi possível digerir o que a vida apresentou nesse ano novo e intenso. Incrível como o ano só começou e parece que ele já está no meio. Muitas despedidas e muitas mudanças. Pessoas queridas indo embora e outras chegando. Fases terminando e outras começando. Uma mudança puxando outra. Quando uma coisa acontece, parece que tudo resolve acontecer junto. E por mais que a gente queira descer do trem, parar o mundo, o tempo está presente, com a velha calma pressa de sempre. O propósito de tudo isso? Não dá para entender. O que aprendi é que temos que aprender a viver sem buscar os porquês. Aprender a lidar com o vazio dos ser humano é o que nos faz crescer. E crescer, como naquelas dores que sentíamos na perna na hora de dormir quando crianças, dói. Dói tanto que dá vontade de chorar. Dói tanto que dá até angustia. Dói tanto que não dá vontade de sair de casa. Dói tanto que você quer ficar sozinha mas não quer se sentir sozinha. Dói tanto que você quer ter alguém do seu lado. Dói tanto que você quer falar tudo mas não quer falar nada. Dói tanto, que daqui a pouco passa. A dor passa e o que fica é a força de ter conseguido passar por ela. Ela passa e o que fica são os abraços, as palavras e a companhia das pessoas queridas, aquelas que estão presentes sempre. Quando digo presente, não é só estar do lado, mas é quando você sabe que ela se importa com você ao ponto de compreender qualquer coisa que você faça ou deixe de fazer. E quando digo sempre, é sempre mesmo. É nessa horas que a gente consegue valorizar algumas coisas que acabam esquecidas. O que era desapercebido, aparece. O que era preto e branco fica colorido. Você começa a colher o que você plantou. Você percebe que tudo tem um propósito e que nada acontece por acaso. Fica óbvio saber que viver na dúvida, de como vai ser a partir de agora, o que vai acontecer, quem vai ser, o que vai ser de mim, não vale a pena. Porque a dúvida só traz a angustia de não saber. Nada mais do que isso. Crescer dói sim. Mas o que fazer com essa dor, depende de uma decisão interna. Algo que só você pode decidir por você. Só você pode transformar essa dor na força para a próxima mudança. Para ajudar quem precisa de você. Para continuar acreditando. Para não desistir. Dizer que está sendo fácil, eu estaria mentindo. Dizer que estou crescendo, é o ponto positivo. Dizer que a vida continua, é um fato. Dizer que quero estar 100% logo, é a minha vontade. Dizer que tudo vai dar certo, é a certeza da fé. Dizer que a vida é boa demais para eu deixar de viver, é a pura verdade. Dizer que a vida de adulta só está começando...respira fundo...e aparece aquele sorriso no canto da boca...