5 de abril de 2012

Descronologicamente

Começo. Meio. Fim: uma linha cronológica, que no fim, não é tão lógica assim. A gente se perde dentro dela. É limitada e fraca. Deixa tudo sério e automático. Tem tanta gente morrendo antes de viver. Tanta gente vivendo sem nascer. Por mim a Páscoa poderia ser todo dia, não por ser um "ritual" de não comer carne ou de comer chocolate. Mas por ser um convite a uma desordem cronológica, sem lógica. Jesus mudou a ordem de tudo. O que era para ser fim virou um novo começo. E essa ideia de reinventar o tempo, de nos reinventarmos, é genial. O começo pode começar do meio ou do fim, hoje, daqui a pouco ou amanhã. Não precisa ter regra. O começo é uma oportunidade de tentar, de novo, depois do erro, depois do não, depois do choro, depois da cicatriz. Podemos ter coragem de começar de novo. Podemos achar de novo a criança que consegue ver graça em tudo e podemos fazer isso antes da velhice chegar. Voltar pro começo de um outro jeito, não é regredir, é avançar. É você, na sua edição evoluída, com novas atitudes, fazendo o que você não tinha conseguido fazer antes. É você, com mais experiência, mais fé, mais tolerância, menos ansiedade, menos insegurança, menos cobrança fazendo o que você deveria ter feito antes. O tempo está fora do relógio e da agenda. Idade são apenas números. Feriados são apenas nomes. Mas a vida continua sendo só uma e só sua.

"Oh let's go back to the start"

"Questions of science, science and progress
Don't speak as loud as my heart"



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