8 de novembro de 2007
Segura o remo e vai!
Viver é remar
Remar em águas que misturam o passado, o presente e o futuro
Sim, misturados, porque a vida não é como a gramática
É impossível separar o que você viveu, o que você vive e o que você vai viver
Um acontece junto com o outro
Um lembra o outro, um esquece o outro
Há quem reme tentando voltar para o passado
Há quem que não reme
Há quem reme tentando seguir o futuro
Mas o mais importante é não desistir de remar
Mesmo que você não saiba onde esse rio todo vai dar
É enquanto se rema que as coisas acontecem
De repente aparece alguém remando na mesma direção que você
Mas uma corrente mais forte pode levar essa pessoa para longe
Mas uma outra corrente pode trazer essa pessoa para perto
E outra corrente pode trazer mais pessoas também
E assim vai, como um nado dessincronizado
Sem lógica e sem explicação
O rio segue no ritmo de uma brisa, ou de um vendaval, ou de uma chuva, nunca se sabe
Mas a cada tempestade que se passa mais se aprende para poder passar por outra
Durante o percursos você pode ver verdadeiros oásis que você pode conhecer
Há quem desce do barco e tira até fotos para lembrar daquilo para sempre
Há quem nem presta atenção e passa reto
Eu ainda estou remando
Não sei em que parte do caminho que eu estou
Mas uma certeza eu tenho
Tudo vai valer a pena
Esse rio é bom demais
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Um comentário:
Quem bater primeira dobra do mar
Dá de lá bandeira qualquer
Aponta pra fé e rema
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