29 de janeiro de 2007
Homenagem ao dono dos pensamentos que eu vou sentir falta
Deliciosamente insolucionável. Foi assim que um grande amigo se definiu em seu último texto que ele nos deu a honra de ler no seu blog. Suas palavras guardadas em um baú de delírios, como ele mesmo chamava, eram muito intensas e fortes. Eram coisas profundas e não inúteis como ele achava que era, eram mais importantes do que qualquer um imaginaria. E falando em imaginar, está ai uma coisa que intrigante. Definitivamente a imaginação é algo muito intrigante. Quando a gente acha que sabe de tudo, não sabemos é de nada. Como sempre, esse nosso amigo nos surpreendeu, mas dessa vez não foi do jeito que a gente queria. Ele, que foi uma das pessoas mais brilhantes que eu já conheci, um dos redatores que eu mais tinha certeza que ganharia muitos prêmios, que eu tanto admirava, nos pegou de surpresa. Por que? Nunca vamos saber. E quanto mais penso, mais dói. O que fazer agora? Acho que o melhor que temos a fazer é pensar e lembrar dele nos momentos típicos de Bortolai, seja enrolando a sua barbicha enquanto pensava, seja contando piadas, seja brigando com o celular dele, seja escrevendo coisas brilhantes, seja tomando chá, seja ouvindo Frank Sinatra, seja com aquela mochila enorme em um dos ombros, seja com aquele sorriso discreto e tímido que ele sempre tinha no rosto. Esse meu eterno redator vizinho vai fazer falta. O que eu mais quero nesse momento é jogar essas minhas palavras ao vento esperando que de algum jeito elas cheguem até onde ele está. Where do we go now...sweet child o' mine.
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